Aprendendo com a barriga no tanque e no fogão
Quem sou eu? Qual é o meu lugar nesse mundo?
Obrigada por estar aqui por um tempo comigo!
Já que esse é nosso primeiro encontro, gostaria primeiro de te contar de onde eu vim e onde estou.
Sou a primeira dos 09 filhos do Sr Odilon e da D. Inêz. Venho de uma linhagem simples e de grande sabedoria, que cada vez mais me ocupa. Quanto mais me esvazio, mais plena me torno de tudo que jorra deles para mim.
Sou mulher do Décio, mãe do Henrique e da Clara.
Esse é o lugar que me foi destinado nesse mundo maravilhoso para que eu possa seguir tornando-o ainda mais belo.
O que mais gosto de fazer é cuidar do ambiente onde vivo com minha família para que todos sintam vontade de voltar para casa todos os dias!
Gosto de ir para a cozinha transformar alimentos em pratos saborosos e enquanto os transformo, algo se transforma também dentro de mim.
Não sou de muita conversa e geralmente quando falo não soa muito agradável para alguns, pois tenho uma mania não muito querida de ir direto ao essencial. E isso se acentua na medida em que passo mais tempo aqui. É como se não tivesse o direito de me enrolar e também de enrolar as pessoas, dizendo aquilo que me deixa bem ou dizendo aquilo que as deixariam felizes comigo, mesmo que não fosse a verdade que está em meu coração.
Também, tenho percebido e estado atenta a alguns sentimentos que agora os chamo de sentimentos de luxo. Por exemplo, não me permito mais me magoar com alguém. Se já tenho a convicção de que sou eu a responsável pelo que sinto, então não posso mais me dar ao luxo de sentir coisas que me distraem do essencial.
Cada vez mais, tenho ido além de mim mesma para permanecer em sintonia com aquilo que me conduz e que conduz a todos.
Compartilho hoje, junto com meu marido, coisas lindas, pequenas e ao mesmo tempo, grandiosas, concretas e ao mesmo tempo imensuráveis, experiências pessoais e de pessoas que nos procuram. E isso tem feito uma pequena grande diferença na vida de algumas pessoas que se deixam tocar pelo que compartilhamos.
Algumas perguntas, decidi deixar de lado. Tais como: Existem outras vidas? Bem se existir, então devo viver da melhor forma possível aqui e agora pra seguir mais leve na próxima. Se não existir, também devo viver da melhor forma possível aqui e agora, pois é o tempo que me é devido. Assim, não me distraio com esse tema. Outra pergunta: De viemos e pra onde vamos? Sei que a vida fluiu dos meus pais até mim e ainda pude passa-la adiante juntamente com meu marido. Portanto, que ela tenha chegado através dos meus pais pra mim, basta. E que ela siga adiante através dos meus filhos, também basta. Para mim, é o suficiente para me alegrar e ser grata por estar aqui.
Não me preocupo com o futuro, mas procuro me ocupar do presente e acolher, com amor, o passado. Assim, o futuro tem mais chance através de mim.
Bem, isso é um pouquinho de mim e do que tenho cozinhado… Sigo por aqui, a partir desse olhar de “cozinheira”, compartilhando pequenas coisas com vocês!
Em nosso próximo encontro, apresentarei um “prato” muito importante pra mim. Ele é composto de “Coisas que aprendi com a minha Vovó!”